O território usado entre manifestações culturais e firmas transnacionais: o caso da territorialidade da monocultura do arroz na região dos Eixos Rodoferroviários – Maranhão (Brasil)

VIANA, Willian Carboni. O território usado entre manifestações culturais e firmas transnacionais: o caso da territorialidade da monocultura do arroz na região dos Eixos Rodoferroviário – Maranhão (Brasil). Porto. 2021. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Porto, 2021.

RESUMO:
A presente pesquisa se propôs analisar a territorialidade e reterritorialidade da monocultura do arroz na região dos Eixos Rodoferroviários (centro-norte maranhense), com vistas a demonstrar a importância dos estudos da territorialidade dos fenômenos sociais, ao abordar os aspectos essenciais para se explicar a reterritorialização e a recomposição social. Para se chegar a compreensão das realidades pesquisadas, buscou-se uma aproximação com a abordagem qualitativa, tendo como procedimento metodológico o estudo de caso. Deste modo, na área em tela, verificou-se que as metamorfoses territoriais foram intermediadas pelo Estado, principalmente através da adoção de modelos de desenvolvimento para as diferentes agriculturas, com políticas públicas direcionadas, incluindo-se as de crédito, infraestrutura e logística, a favorecer grupos empresariais e, assim, configurar uma agricultura patronal opositora a familiar/campesina. No escopo da investigação se retrata a importância da rizicultura na apropriação/modificação espacial, contemplando diferentes tempos e escalas, mas, sobretudo, enfocando o período de 1970 a 2018, quando se observa a expansão e retração na produção desse cereal, seguindo a lógica capitalista. Até os anos 1980, a região investigada chegou a ser uma das maiores produtoras de arroz do Brasil, mas retraiu nas décadas seguintes e atualmente tem cerca de 90% de sua produção controlada e comercializada por uma empresa transnacional. A modernização dos meios de produção na agricultura provocou impactos nos espaços agrários, com reflexos nos usos do território, e foi, portanto, pautado no afastamento dos modos tradicionais de produção, em favor do moderno e mecanizado, que se processou o desenvolvimento da rizicultura nos Eixos Rodoferroviários, criando e/ou agravando problemas das mais diversas ordens (fundiários, laborais, urbanos, sociais, etc.). A acumulação capitalista e a vigência dos mecanismos institucionais mantém a conformidade da sociedade no status quo, compondo ‘‘geografias’’ que permanecem nas áreas periféricas, onde se fazem necessárias intervenções, nomeadamente, por meio de programas de regulação.

 Palavras-chave: Territorialidade. Reterritorialidade. Modernização. Rizicultura

SUMÁRIO:
Introdução
1 Conceituação e base investigativa
1.1. Território enquanto conceito-chave
1.2. Campo empírico
1.3. Metodologia da pesquisa
2 Política econômica mundial
2.1. América Latina e Brasil no sistema colonial moderno
2.2. Acumulação flexível lança luz à globalização econômica
2.3. O arroz na formação do território e o enredo da modernização
3 Monocultura do arroz nos Eixos Rodoferroviários
3.1. Criação dos municípios
3.2. Inserção do arroz
3.1. Meio físico e uso da terra
3.2. Propriedade fundiária
3.3. Saída do campo e crescimento da cidade
3.4. Produção do arroz e outras dinâmicas
3.5. Caracterização dos produtores de arroz
Considerações Finais

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Autor

  • Cleilson Fernandes

    Jornalista, SRT/MTE 1787/MA, pesquisador, consultor e orientador acadêmico. Membro-fundador da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências (ALAC) e do Instituto Histórico e Geográfico de Arari (IHGA). Mestrando em Letras (UFMA).

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